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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fim Inesperado para Lost





Tendo estreado no dia 22 de setembro de 2004 nos EUA , a série que traz a trama de 48 sobreviventes de um acidente aéreo em uma ilha misteriosa atraiu e conquistou pessoas pelo mundo afora, inclusive alcançando o status de um dos mais assistidos programas televisivos já lançados, com uma média de 15 milhões de espectadores.
O segredo de tanto sucesso está na criação, desenvolvimento e desfecho impecável de cada situação e proposta apresentada, entre elas diversos mistérios como os números (4, 8, 15, 16, 23, 42) e o ‘’monstro de fumaça’’. O elenco de Lost é constituído por atores pouco conhecidos (pelo menos até seu papel na série) representando personagens intrigantes e geniosos.
Com esses fatores, a habilidade dos criadores e produtores de criar e rodar um roteiro polemico pesou muito para o futuro do programa, uma vez que a série não contava com um potencial para propagandas como com a presença de uma grande estrela.
A sexta temporada foi concluída no Brasil no mês de Maio, e muitas críticas surgiram a respeito do desfecho final proporcionado pelos produtores, baseado nos argumentos que deixaram muitos fatores apresentados ao longo da série sem explicação, como exemplo dos números mencionados. Isso porque o final da quinta e a sexta temporada praticamente inteira foram dedicados a explicação dos mais variados eventos da série.
Esse foi um problema que já se vinha acumulando desde o inicio de Lost, e muitos espectadores já questionavam a capacidade dos produtores de amarrar todos os mistérios e tramas criados. Em particular, acredito que conseguiram, e de forma espetacular fazê-lo, mesmo quando tiveram que introduzir novos personagens, e mesmo estes se enquadraram perfeitamente na história com a explicação dada. Mas confesso que podiam ter matado a curiosidade de todos com explicações simples e satisfatórias.
O maior portal sobre o programa da América Latina, o Lost Brasil, traz com exclusividade entrevistas com os produtores de Lost (
Jeffrey Lieber, J. J. Abrams e Damon Lindelof), no qual se mostram descontentes com a reprovação por parte de alguns admiradores por conta do final desenvolvido por eles. Explicam que imaginavam o surgimento de críticas positivas se referindo ao desfecho subjetivo envolvendo questões como vida após a morte.
Ainda assim, ambos serão reconhecidos como os criadores de uma das histórias mais acompanhadas em tempo real de todos os tempos, e mínimas críticas negativas não diminuem o efeito da maioria esmagadora de elogios recebidos pela criação, refletidos nos premios como Emmy e Golden Globe.

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