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terça-feira, 31 de agosto de 2010

The Final Frontier -- Iron Maiden

Paul Di'Anno, Steve Harris, Dennis Stratton, Clive Burr e Dave Murray. Esses cinco músicos gravaram o álbum de estréia da banda de Heavy Metal britânico mais influente de todas, o Iron Maiden. O álbum homônimo a banda ganhos muitos prêmios e deu início a grande carreira de sucesso que estava à "Dama de Ferro".


Agosto de 2010, o décimo quinto álbum de estúdio do Iron é lançado e a banda volta as paradas de sucesso. As expectativas eram altas desde que "El Dorado", a segunda faixa do disco, foi disponibilizada para download dias antes do lançamento do álbum. Tentarei comentar nesse post todas as faixas do disco e fazer uma avaliação geral. Os uploads são de minha responsabilidade e não violam os direitos autorais.


Avaliar esse álbum não é uma tarefa muito fácil. Fãs podem alegar que o Iron Maiden virou uma banda de prog. Não, esse é um álbum de Heavy Metal, mas com fortes influencia progressiva, além de diversas referências celtas.


A primeira música vem em dobro: "Satellite 15... The Final Frontier" O começo nem parece Iron Maiden, os riffs são diferentes do usual, o baixo de Harris está irrenconhecível e há uma batucada tribal do Nicko. Tudo muito sombrio e denso. De repente, a música conhecida entra. Muito Hard Rock, é quase um jingle de tão grudenta. Você vai se pegar cantarolando "The Final Frontier". O solo é melódico ao extremo.




El Dorado é a música seguinte, aquela que os fãs já conheciam há um tempo. O baixo marca toda a música. A música é bem empolgante, dá vontade balançar a cabeça loucamente. O refrão é bem cantado, mas a música em geral é repetitiva.








Mother of Mercy é uma música bem IRon, porém cantada/tocada de modo mais pesado. Predominam sons graves e a ambientação criada pela música é fantástica. Você se sente num planeta desolado.






A próxima música, Coming Home, também começa baixa, porém de modo mais melódico. Essa porém tem um aumento de tom gradual. A atmosfera criada é um pouco mais leve. A melodia prevalece no solo também. A música é boa, mas passa longe de um Trash.






Up the Irons. Essa é a música que mais lembra os velhos tempos do Iron. É puro New Wave of British Heavy Metal. Os tons são reconhecíveis. A música relativamente curta e dá vontade de escutar o Powerslave.






Isle of Avalon começa bem devagar parecido com "Seventh Son of A Seventh Son", bem baixo e calmo. Acelera aos poucos e se torna bem interessante. Um trabalho original que valeu a pena. O fim torna evidente toda a influência progressiva do álbum.






Starblind começa como quase tudo no álbum, vagarosamente. E sim, aos poucos vai subindo. O riff entra, dá a impressão que a música vai ser aceleradíssima, mas dá uma queda novamente. O teclado no fundo dita o ritmo da música. Brilhante. Murray, Gers e Smith estavam realmente inspirados. O refrão parece um hino feito pra ser cantado em uníssono nos shows.






A próxima música é The Talisman. Como demorei a aceitar essa música, começa lento demais somente com Dickinson e seu violão. Começa com um tom folk, não combina com Iron. Você chega a questionar o autor da música. A música para dois segundos, a guitarra entra. Pronto, começa a música. Varia em altos e baixos vocálicos. Temas celtas são citados frequentemente. Tudo na música é novo e diferente.






Introdução lenta com teclado no começo de The Man Who Would Be King. O ritmo não sobe tanto quanto nas canções anteriores e o clima se mantém pesado. Muitas influências prog reconhecíveis ao longo da música. Considero a música mais fraquinha do álbum, mas minha opinião não é unânime, tem pessoas que gostaram muito da música.








Se os Beatles tocassem metal, suas música seriam como When the Wild Wind Blows. A introdução é bem diferente, porém emocionante. A música se torna progressivamente mais pesada, ficando aos poucos Heavy Metal. Essa variação é impressionante. Descemos até que vem um solo. Nada de exageros, vemos um equílibrio na banda, uma unidade. Se o solo fosse cantado, com certeza cantaria ele o dia todo. É grudento e não enjoa. Totalmente original, ainda sim compatível com o passado. Pra mim a melhor do álbum com certeza.






Enfim, The Final Frontier na minha opinião é um retorno do nosso Iron Maiden, que volta diferente, mais ao mesmo tempo igual. Supera com louvores seus predecessores mas esbarra com o genial Brave New World como melhor álbum da década. Os cabeludos não erraram dessa vez e fizeram algo que vale a pena ter guardado como mídia física. Compre o CD, vale os 30 reais que você pagou para ouvir o melhor do Heavy Metal do Século XXI.

Iron Maiden - The Final Frontier Director's Cut
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